nasceu na Póvoa de Varzim em 1995; é bailarina, coreógrafa e professora. Iniciou os seus estudos de dança pela Royal Academy of Dance e concluiu em 2013, o curso de formação de bailarinos na Escola de Dança do Conservatório Nacional. Completou a sua formação com o Elit Trainning Program da Companhia Budapest Dance Theatre e o F.O.R. Dance Theatre da Companhia Olga Roriz. É licenciada em sociologia pelo ISCTE-IUL e concluiu a Pós-Graduação em Dança Contemporânea da ESMAE, terminando como bolseira do Camping 2020 do Centre National de la Danse, Paris. Tem vindo a trabalhar com Olga Roriz, Renato Zanella, Jérôme Bel, Raimund Hoghe, Mafalda Deville, Elisabeth Lambeck, Olatz de Andrés, Inês Jacques, Mão Morta, São Castro e António Cabrita, Sílvia Real, Francisco Camacho, Né Barros, Jonas & Lander e Joana Magalhães/Comédias do Minho. A sua primeira criação em nome próprio foi “VADO: solo sobre as coisas vazias” (2018), estreada na XX Bienal Internacional de Arte de Cerveira; seguiu-se o solo “NINA” apresentado no Serralves em Festa 2019 e no Curtas de Dança 2020. Em 2021 criou “Self” para o Festival Interferências, apresentado também no Corpo + Cidade/DDD Out 2022. Foi ainda formadora artística do Projeto GruA – Grupo de Autonomia, desenvolvido pela ASAS Associação de Solidariedade de Santo Tirso. A sua nova criação “O que é um problema?” questiona os mais jovens sobre os seus problemas, num espetáculo que concilia dança, música ao vivo e artes plásticas. De momento, desenvolve “Vanishing”, em colaboração com Bruno Senune, a estrear em abril de 2924.

Vanishing | 2024

João Peixoto/TMP

VANISHING é um encontro, uma peça em dois momentos, com dois intérpretes, dois discursos, onde cada uma de nós compõe uma partitura coreográfica para a outra, repetindo padrões, recorrências, organismos. A partir de reflexões sobre a efemeridade da dança e do ato performativo — dance always vanishes in front of our eyes in order to create a new past (André Lepecki) — pesquisamos sobre o gesto, presença vs ausência, aparecimento vs desaparecimento, contemplando as várias perdas do que foi/já não é.
Mergulhamos no quotidiano do corpo e da sua gestualidade particular, na observação contaminante do outro, nos espaços negativos em prosa, confundindo sujeito e objeto, mesclando ação e reação. Utilizamos o “olhar” enquanto iconografia de observação, pesquisa, procura, num diálogo ambivalente de conexão, domínio, rejeição. Ciclos do tempo — dia metamorfoseando-se na noite — como referência para representação/fracasso, captação da forma, impossibilidade da mesma, repetição, transformação, superabundância de movimento. Coreografar o invisível, destruir os ciclos: agora vês-me, agora não, desapareces para dentro de mim, desapareço para dentro de ti - tu que me estás a ver. Encontramos espaços intermédios: des-olhar, des-formatar, projetar desejos, pesadelos, pó. Presença em trânsito, em transição, numa constante demanda por lugares de pertença e memória. — Telma João Santos, Beatriz Valentim & Bruno Senune


It must be nice to disappear,
To have a vanishing act,
To always be looking forward,
And never looking back
.
 Lou Reed
Coreografia e Interpretação | Beatriz Valentim e Bruno Senune
Composição musical original e Interpretação ao Vivo | Pedro Souza
Textos e Documentação | Telma João Santos
Figurinos | Ana Isabel Castro
Desenho de Luz | Mariana Figueiroa
Registo vídeo | Daniel Pinheiro
Residências | Teatro Campo Alegre, A Gráfica – Centro de Criação Artística de Setúbal, Companhia Olga Roriz
Co-produção | Instável Centro Coreográfico, A Gráfica – Centro de Criação Artística de Setúbal
Apoio à Criação | Fundação GDA
Duração | 40min

Datas de apresentação
5 e 6 abril 2024 | Palcos Instáveis - Teatro do Campo Alegre, Porto, PT
4 julho 2024 | Festival MAPS - A Gráfica Centro de Criação Artística, Setúbal, PT

O que é um problema? | 2023

Pedro Sardinha/TMP; Jorge Gomes / C.M. Loulé; Estelle Valente / SLTM

O que é um problema e como descobrimos que ele existe?

Começamos no vazio, onde existe um problema por resolver, e partimos à descoberta num caminho que se adivinha complexo e desafiante. Encontram-se problemas no próprio corpo e nas suas limitações: Como lidar com esses limites, contornando e encontrando alternativas? Que caminho percorremos para resolver o problema na arquitetura do nosso corpo como metáfora para a questão do problema geral?
O corpo, curioso e perspicaz, procura e dá a mão a um percurso prestes a ser descoberto através do movimento, da construção, do desenho e dos sons. Procura-se, constantemente, ativar as respostas físicas, sensoriais e emocionais para ultrapassar os problemas e encontrar as soluções.
“O que é um problema?” é um espetáculo que se constrói em palco, com duas bailarinas, uma delas também artista plástica, e um músico, dedicado ao público juvenil.

O objetivo deste projeto é, não só perceber a dinâmica e o pensamento dos mais jovens, mas também dar-lhes a palavra, a oportunidade de exporem a sua opinião e apresentarem propostas de resolução para as suas próprias questões, estimulando o seu sentido crítico e de decisão. Observar as gerações mais novas e a sua forma de pensar, quando criam e questionam, tem um papel transformador.
“O que é um problema?” pretende contribuir com a sensibilização de um público mais jovem, que está ainda a tentar perceber o presente e ao mesmo tempo perspetivar o futuro. Esta opção dramatúrgica baseia-se na continuidade do trabalho desenvolvido pelos intérpretes, que desenvolvem parte das suas atividades num contexto educativo, através de novos olhares dramatúrgicos na criação da dança e da música em Portugal.
Direção artística e coreografia | Beatriz Valentim
Interpretação | Beatriz Valentim e Thalia Agapaki 
Conceção cenográfica | Beatriz Valentim e Ana Caetano 
Desenho original | Ana Caetano 
Música original ao vivo e sonoplastia | Pedro Souza
Aconselhamento Artístico | Francisco Camacho
Apoio ao movimento | Tiago Martins
Instrumentos originais | Os Arranjadores
Figurinos | Beatriz Valentim em colaboração com Ana Isabel Castro e Luís Capela Oliveira
Desenho de luz | Cárin Geada
Assistência ao desenho de luz | Cláudia Valente e João Teixeira
Técnico de som | Martinho Cardoso
Residências artísticas | Teatro do Ferro, Central Elétrica / CACE Cultural, Balleteatro, Biblioteca Municipal de Marvila, Teatro Municipal do Porto – Campo Alegre, Produções Real Pelágio / Teatro da Voz, dEVIR CAPa
Vídeo | Recapu 
Co-produção | Cine-Teatro Louletano, EIRA / Festival Cumplicidades / São Luiz Teatro Municipal,
Teatro Municipal do Porto
Produção executiva | Teresa de Brito e Tiago Sgarbi
Difusão | Eira
Apoio Financeiro | República Portuguesa – Cultura | DGARTES – Direção-Geral das Artes
Apoio à circulação | Fundação GDA
Apoios e agradecimentos | Bettina_lingerie; Beatriz de Fátima, Renata Monteiro e Sofia Sanchez (Pallco Performing Arts School & Conservatory); Turma 11ºE da Escola Secundária Aurélia de Sousa, Porto; Turma 9ºG da Escola EB 2/3 Frei João de Vila do Conde


Público-alvo | 3º ciclo e ensino secundário

Datas de Apresentação
novembro 2024 | Teatro Ribeiro-Conceição, Lamego, PT
julho 2024 | Teatro Municipal da Covilhã, PT
4 fevereiro 2024 | Guidance, Centro Cultural Vila Flor, Guimarães, PT
17 e 18 novembro 2023 | Teatro Municipal do Porto - Campo Alegre, Porto, PT
11 a 14 maio 2023 | Festival Cumplicidades, São Luiz Teatro Municipal, Lisboa, PT
4 e 5 maio 2023 | Cine-Teatro Louletano, Loulé, PT (estreia)

Serpente | 2022 - para o Balleteatro Escola Profissional


fotos de Pedro Figueiredo

serpente-linha; serpente-ritmo; serpente-sonho; serpente-entrelaçada; serpente-transe; serpente-inquieta; serpente-mãe; serpente-gigante; serpente-saudosa; serpente-caos; serpente-perdida; serpente-velha; serpente-nova; serpente-macaco; serpente-torção; serpente-música; serpente-mar; serpente-espaço; serpente-nuvem; serpente-quebra; serpente-invisível; serpente-futuro; serpente-fogo; serpente-presente; serpente-trabalho; serpente-máscara.
Conceção e coreografia | Beatriz Valentim
Interpretação e Co-criação | 3º ano de dança do Balleteatro do ano letivo 2022/2023

Ecstasy | 2021 - para o Balleteatro Escola Profissional

fotos de Pedro Figueiredo
Na continuação de todo o meu trabalho como intérprete e criadora, pretendo explorar os limites do corpo, desde a velocidade à extensão. Focada na pesquisa minuciosa de movimento, pretendo que as/os bailarinas/os encontrem, na exaustão, outras formas de mexer cada parte do seu corpo, conhecendo cada músculo, cada órgão e cada sensação. Nesta procura incessante, chegaremos a um ambiente sobrenatural e extenuante, onde o palco se inteira do prazer do movimento.
Direção, coreografia e figurinos | Beatriz Valentim
Seleção musical | Beatriz Valentim e Pedro Souza
Música | “The Demon Dance”, Julian Winding
Interpretação e co-criação | 3º ano de dança do Balleteatro do ano letivo 2021/2022

Self | 2021

fotos de Ana Brígida, Christophe Berlet e Pedro Figueiredo

Inicialmente um solo, Self logo se converteu num dueto, por ter na sua base conceitos como a reflexividade e a dualidade. Partindo do conceito sociológico de self, propus-me a pensar que perguntas fazemos a nós mesmos e que perguntas fazemos aos outros; que relações de dependência temos do ponto de vista social; que espaços e contextos habitamos. A análise reflexiva do eu pressupõe o outro e vice-versa. O corpo-contorno que vão encontrar neste trabalho surge, para mim, como um corpo vazio de significado, pronto a receber estímulos internos e externos, que serão constantemente analisados e experienciados pelas intérpretes, num percurso de dualidade e dualismo.
Ideia e conceção | Beatriz Valentim
Interpretação e seleção musical | Beatriz Valentim, Mercedes Quijada
Edição Musical | Pedro Souza
Figurinos | Andy James, Beatriz Valentim
Co-produção | Festival Interferências / Companhia Olga Roriz, Corpo + Cidade ( integrado no Festival DDD)
Agradecimentos | Centre National de la Danse, Dimitri Chamblas, Francisco Camacho, Real Pelágio / Teatro da Voz, Ginasiano Escola de Dança, Pallco Performing Arts School, Bruno Senune

Datas de Apresentação
30 abril 2022 | Corpo + Cidade / DDD Out, Matosinhos
4 e 5 setembro 2021 | Festival Interferências / Companhia Olga Roriz, Lisboa


GUST 9723 | Francisco Camacho | 2023
José Caldeira/TMP

Em 1997, Gust apresentava-se como “um trabalho sem tema de antemão. Mas com título predeterminado, antecedendo a obra.” Passados 26 anos, Gust9723 é um trabalho com/sobre/a partir desse trabalho sem tema de antemão, mas com título, gestos, cenário, atmosfera, cenas, sons e temporalidade pré-dados. No entanto, esses pré-dados não predeterminam, necessariamente, a peça hoje. Antes indicam caminhos que podem ou não ser trilhados. Hoje, o trabalho com o “trabalho sem tema de antemão” de 1997 é fazer com que este Gust venha não do (seu) passado, mas da renovada vontade de lhe oferecer um (outro) futuro. — André Lepecki
Direção artística e coreografia | Francisco Camacho
Dramaturgia | André Lepecki
Música | Sérgio Pelágio
Cenário | Rafael Alvarez
Assistente de direção artística | Pietro Romani
Desenho de luz e direção técnica | Frank Laubenheimer
Interpretação | Beatriz Marques Dias, Beatriz Valentim, Begoña Méndez, Bruno Senune, Carlota Lagido, Filipa Francisco, Francisco Rolo, Hugo Marmelada, João Oliveira, Magnum Soares, Mariana Tengner Barros, Marta Coutinho, Miguel Pereira, Rolando San Martín, Sofia Kafol
Direção de produção | Lucinda Gomes
Produção executiva e gestão financeira | Teresa de Brito
Produção executiva | Tiago Sgarbi
Estagiária | Andreia Marinho
Produção | Eira
Coprodução | Teatro Municipal do Porto, CCB – Centro Cultural de Belém
Agradecimento especial | António Câmara Manuel, Cristina Piedade, David Miguel, Felix Santana, Isabel Peres, João Galante, João Samões, Nines Gómez, Paula Pereira e Ronald Burchi, que colaboraram na criação original em 1997, assim como aos coprodutores Acarte/ Fundação Calouste Gulbenkian e O Acto.

Esta remontagem é dedicada à memória de Paula Castro (1968-2007), que integrou o elenco original de intérpretes de Gust.

Datas de apresentação
15 e 16 setembro | Teatro Municipal do Porto – Rivoli, Porto, PT
23 setembro | Centro Cultural de Belém, Lisboa, PT
DISTANTE – Paisagens, Máquinas e Animais | Né Barros | 2023
fotos de Pedro Figueiredo e José Caldeira/TMP
Existem formas de combate que evoluíram para a dimensão de jogo, tal como a esgrima. Ao longo da peça Distante, terceira da série Paisagens, Máquinas e Animais, os bailarinos são jogadores, convocam a técnica como forma evoluída de nos relacionarmos no corpo a corpo. O corpo-máquina deverá, sobretudo, seguir esta linha, ser capaz de moldar o instinto e dar-lhe uma nova vida ética. A máquina, neste sentido, é a possibilidade de através da técnica e do tecnológico, expandir o corpo e o lugar sem o territorializar. Uma mensagem antiguerra se quisermos...
Distante pela dimensão ética perante o outro, distante por um tempo pautado pela repetição, um tempo maquinal usado sobretudo para rememorar. A motivação para fazer uma série de projetos em torno das paisagens, máquinas e animais, surge da necessidade de pensar uma peça que não se esgotasse num único espetáculo, mas que pudesse dialogar com outras obras. A recorrência da paisagem e do corpo como paisagem nos meus projetos, mesmo não sendo sempre de uma forma óbvia, determinou este ciclo de trabalho que se iniciou com IO, prosseguirá com Neve e terá a terceira parte com Distante. Esta aventura ficcional, deve resultar num diálogo inter-peças e intra-peça. Paisagens, Máquinas e Animais, os conceitos aqui envolvidos, evidenciam três pontos de fuga na definição do humano e, simultaneamente, abrem-se como categorias para pensar o corpo performático. Em todas as peças, estas dimensões estão presentes e se cruzem, embora, o ponto de partida para cada uma se situe, respetivamente, em cada uma das dimensões. Se em IO o corpo convoca o animal e o mitológico, o primitivo e o tecnológico, em Neve, emerge a paisagem nas suas variantes, ou seja, paisagem como o fora, o exterior, o indivíduo como paisagem inteligente, a paisagem emotiva e sonora, a imagem filmada como paisagem narrativa. Em Distante, partimos da ideia de um corpo- máquina que permita trabalhar nesse paradoxo do distante-próximo e que parte da técnica como ferramenta fundamental de humanização. — Né Barros
Direção e coreografia | Né Barros
Música | Alexandre Soares
Cenografia | FAHR 021.3
Media Art | João Martinho Moura
Interpretação | Afonso Cunha, Beatriz Valentim, Bruno Senune, Vivien Ingrams
Desenho de luz | Nuno Meira
Esgrima | José Luís Guimarães
Figurinos | Flávio Rodrigues
Produção executiva | Tiago Oliveira
Difusão | Andreia Fraga
Agradecimento | Filipe Melo
Apoio ESGRIMA | Sport Club do Porto
Coprodução | Teatro Municipal do Porto, Balleteatro

Datas de apresentação
17 e 18 fevereiro 2023 | Teatro Municipal do Porto – Rivoli, Porto, PT
6 outubro 2023 | Espinho, PT
25 novembro 2023 | ílhavo, PT

MAMA | Mafalda Deville / Palcos Instáveis | 2022
fotos de Sara Santervás

Em cena, uma personagem para duas intérpretes que vão invocando memórias, medos e inseguranças, em diálogo surdo entre si. O interior e o exterior, a queda e o salto, o privado e o público, tudo embrulhado em canções de embalar. Em cena dois corpos que não se cansam de tentar. Dois corpos que sabem que por vezes é preciso reaprender a viver, e até reaprender a respirar.

“Nesta residência iniciei uma investigação sobre os conflitos emocionais e sociais da maternidade juvenil. Tive, como ponto de partida, o meu caso e fui ao encontro de jovens mulheres que se encontram a gerir a situação de estarem grávidas ou de terem sido mães recentemente. Em comum, no processo de entrevistas iniciado, o estado fisiológico—pré ou pós parto—e uma precariedade emocional e social devastadora. Era minha intenção chamar para a criação deste trabalho intérpretes que tivessem sido mães e que assim pudessem também partilhar a sua experiência. Em colaboração com o Israel Pimenta, partimos despidos de estruturas rígidas, conceptuais ou formais, privilegiando uma abertura franca aos pedaços de vida que nos fossem expostos. Optamos por trabalhar só com a Elisabeth Lambeck, num processo cúmplice, de quem sabe que só com pinças se pode mexer no que é tão frágil. Nesta fase, aqui apresentada, acabamos por explorar o intervalo temporal entre a descoberta do estar grávida e o nascimento do filho. Longos meses de profunda transformação física revoltos num turbilhão de acontecimentos e emoções. Da primeira vez que viemos à tona do mergulho das entrevistas, decidimos trabalhar com materiais precários e instáveis, frágeis e voláteis, tanto na cenografia como na pesquisa coreográfica.” (Mafalda Deville)

Direção e coreografia | Mafalda Deville
Cenografia e Dramaturgia | Israel Pimenta
Desenho de Luz | Diogo Barbedo
Interpretação e criação (estreia) | Elisabeth Lambeck e Mafalda Deville
Interpretação e criação (digressão) | Beatriz Valentim e Mafalda Deville
Música | Ravel, Chopin, Louis Spohr, Claude Debussy, PJ Harvey, Johnny Greenwood
Figurinos | Mafalda Deville
Agradecimentos especiais | Instituição Irmãs do Bom Pastor, Eduardo Leitão, Joana Neves
PERTURBAÇÃO DO CIDADÃO EXEMPLAR | Comédias do Minho | 2022
fotos de Patrick Esteves

Um cidadão exemplar é um sujeito polido, higiénico, sem manchas negras, avesso a conflitos e um feliz respeitador de regras. Um cidadão exemplar não tem tempo porque tem a vida cheia, preenchida, sem buracos na existência. Cada vez mais cheia, mais preenchida, mais sem buracos para existir. Não tem espaço para duvidar porque não tem tempo para questionar. É afirmativo, definido, muito bem resolvido. Um cidadão exemplar não consegue parar. Porque parar é morrer e isso não pode ser. Mas não sabe dançar. Tem o corpo ressequido, o cérebro aturdido. Falta-lhe ginga na anca e fome na pança. Um cidadão exemplar não sabe dançar. E talvez isso o possa matar.


Tomando como inspiração uma das estórias mais célebres de Herman Melville, Bartleby, este espetáculo coloca em arena de combate o conceito de trabalho, tal como hoje o conhecemos. Celebra-se o ritmo como força pulsante e formadora de humanidade, num mundo-máquina desprovido de corpo-animal.


Neste espetáculo, com encenação e direção artística de Joana Magalhães, conta-se a estória desta perturbação, fazendo suar o discurso no corpo dos atores, ao ritmo frenético de uma bateria.

Encenação e direção artística | Joana Magalhães
Dramaturgia | Joana Magalhães, com excertos de textos de Gonçalo M. Tavares (A perturbação do Cidadão Exemplar), Ricardo Neves-Neves (A ilha do desporto) e Rui Pina Coelho (Estética, resistência e melancolia) e Bob Black (A abolição do trabalho)
Interpretação | Rui Mendonça, Luís Filipe Silva, Beatriz Valentim, Catarina Luís, Dinis Duarte
Composição Musical | André Nunes e Francisco Beirão
Músicos | André Nunes e Francisco Beirão
Apoio ao movimento | Ana Isabel Castro e Maria Antunes
Cenografia | Cristóvão Neto
Figurinos | Paula Cabral
Desenho de luz e som | Vasco Ferreira
Execução de cenografia | Bárbara Amen, Leonor Gomes, Maria Inês Campos
Execução de figurinos | Beatriz Prada e Maria Costa
Produção | Comédias do Minho
2024
21 e 22 novembro | O que é um problema?, de Beatriz Valentim | Teatro Ribeiro-Conceição, Lamego, PT
28 setembro | IO - paisagens, máquinas e animais, de Né Barros | PT
20 setembroDistante - Paisagens, Máquinas e Animais, de Né Barros | Contradança, PT
23 julho | Concerto nº 1 para Laura, de Sílvia Real | Festival Músicas do Mundo, Sines, PT
6 julho | O que é um problema?, de Beatriz Valentim | Teatro Municipal da Covilhã, PT
4 julho | Vanishing, de Beatriz Valentim e Bruno Senune | Festival MAPS, Setúbal, PT
6 a 11 maio | Semana Jovens Compositores | Estúdios Vítor Cordon, Lisboa PT
5 maio | Barro, de Mafalda Deville para a Companhia Instável | Casa da Criatividade, São João da Madeira, PT
28 abril | Distante - Paisagens, Máquinas e Animais, de Né Barros | Convento São Francisco, Coimbra, PT
22 e 24 abril |
Projeto Extramuros - Práticas Artísticas em Diálogo - oficinas de movimento | Circular Associação Cultural / Escola Básica EB 2,3 Frei João, Vila do Conde, PT
5 e 6 abril
| Vanishing, de Beatriz Valentim e Bruno Senune (estreia) - Ciclo Palcos Instáveis | Campo Alegre/Teatro Municipal do Porto, PT
18 março | Vinte e sete, de Beatriz Valentim para o 3º ano de dança do Balleteatro | Coliseu do Porto, PT
1 e 2 março | A Night in the Belly of the Beast, de Ensemble de Actores e Deeogo Oliveira | Campo Alegre/Teatro Municipal do Porto, PT
4 fevereiro | O que é um problema?, de Beatriz Valentim | GUIdance - Centro Cultural Vila Flôr, Guimarães, PT
17 a 30 janeiro | Vanishing, de Beatriz Valentim e Bruno Senune | Residência Artística em A Gráfica - Centro de Criação Artística, Setúbal, PT

2023
19 e 21 dezembro | O que é um problema?, de Beatriz Valentim | Oficinas Artísticas com a Porta 7/A Oficina, Guimarães, PT
25 novembroDistante - Paisagens, Máquinas e Animais, de Né Barros | Casa da Cultura, Ílhavo, PT
19 novembro | IO - Paisagens, Máquinas e Animais, de Né Barros | Museu Soares dos Reis, Porto, PT
17 e 18 novembro
| O que é um problema?, de Beatriz Valentim | Campo Alegre/Teatro Municipal do Porto, PT
18 outubro | Concerto nº 1 para Laura, de Sílvia Real | Teatro das Figuras, Faro, PT
6 outubro | Distante - Paisagens, Máquinas e Animais, de Né Barros | Auditório Municipal de Espinho, PT
29 setembro | Concerto nº 1 para Laura, de Sílvia Real | Teatro Viriato, Viseu, PT
23 setembro | GUST9723, de Francisco Camacho | CCB, Lisboa, PT
15 e 16 setembro | GUST9723, de Francisco Camacho | Rivoli/Teatro Municipal do Porto, PT
28 julho | Concerto nº 1 para Laura, de Sílvia Real | Citemor, PT
19 julho | Concerto nº 1 para Laura, de Sílvia Real | Guimarães, PT
10 a 14 julho | DNA Summer Course, workshop de dança contemporânea | DNA DanceN’Arts School, Coimbra, PT
8 julho | Mostra de Artes Performativas em Setúbal (MAPS) - apresentação de Vanishing, de Beatriz Valentim e Bruno Senune | Setúbal, PT
25 junho | PortDance Fest, workshop de dança contemporânea | V. N. Gaia, PT
10 junho | Concerto nº 1 para Laura, de Sílvia Real | Covilhã, PT
11 a 14 maio | O que é um problema?, de Beatriz Valentim | Festival Cumplicidades, São Luiz Teatro Municipal, Lisboa, PT
4 e 5 maio O que é um problema?, de Beatriz Valentim (estreia) | Cine-Teatro Louletano, Loulé, PT
24 a 30 abril | O que é um problema?, de Beatriz Valentim | Residência Artística no dEVIR CAPa, Faro, PT
3 a 14 abril | O que é um problema?, de Beatriz Valentim | Residência Artística no Teatro da Voz, PT
24 março | MAMA, de Mafalda Deville, Palcos Instáveis Segunda Casa | Teatro Municipal de Vila Real, PT
14 a 18 março | O que é um problema?, de Beatriz Valentim | Residência Artística no Teatro do Campo Alegre, Porto, PT
5 março | Barro, de Mafalda Deville para a Companhia Instável | Lamego, PT
24 fevereiro | Distante - Paisagens, Máquinas e Animais, de Né Barros | Teatro Municipal de Bragança, PT
17 e 18 fevereiro | Distante - Paisagens, Máquinas e Animais, de Né Barros (estreia) | Rivoli/Teatro Municipal do Porto, PT

2022
2 dezembro | NEVE (filme), de Filipe Martins | Queer Porto, Rivoli/Teatro Municipal do Porto, PT
1 dezembro | Self (versão solo), de Beatriz Valentim | Mostra Nacional de Jovens Criadores, Almada, PT
19 e 20 novembro | Serpente com o 3º ano de dança do Balleteatro | Casa da Arquitetura de Matosinhos, PT
20 outubro | MAMA, de Mafalda Deville, Palcos Instáveis Segunda Casa | Albergaria-a-Velha, PT
15 a 28 outubro | O que é um problema?, de Beatriz Valentim | Residência Artística na Biblioteca de Marvila, Lisboa, PT
17 outubro | SELF, online pitch | Showcase Outdoor Arts Portugal
27 setembro | Módulo 0 - apresentação de Serpente com os alunos do 3º ano do Balleteatro | Coliseu do Porto, PT
18 setembroVADO: solo sobre as coisas vazias, de Beatriz Valentim e Pedro Souza | Ciclo Dança Invisível, Vila Franca de Xira, PT
16 setembroConcerto nº 1 para Laura, de Sílvia Real | Cine-Teatro Avenida, Castelo Branco, PT
5 a 9 setembro | Curso Intensivo de Regresso às Aulas - workshop de dança contemporânea | Conservatório do Vale do Sousa, Paredes, PT
29 a 31 agostoO que é um problema?, de Beatriz Valentim | Residência Artística no Balleteatro, Porto, PT
29 julhoA perturbação do cidadão exemplar, Comédias do Minho | Porto, PT
21 a 24 julhoA perturbação do cidadão exemplar, Comédias do Minho | Valença, PT
14 a 17 julho | A perturbação do cidadão exemplar, Comédias do Minho | Monção, PT
7 a 10 julhoA perturbação do cidadão exemplar, Comédias do Minho | Vila Nova de Cerveira, PT
30 junho a 3 julhoA perturbação do cidadão exemplar, Comédias do Minho | Melgaço, PT
28 junho a 2 julho | Estágio de Dança de Aveiro | Aveiro, PT
23 a 26 junho A perturbação do cidadão exemplar, Comédias do Minho | Paredes de Coura, PT
1 a 5 junhoO que é um problema?, de Beatriz Valentim | Residência Artística no CACE Cultural, Porto, PT
16 a 22 maioO que é um problema?, de Beatriz Valentim | Residência Artística no Teatro do Ferro, Porto, PT
30 abrilSelf, de Beatriz Valentim | Corpo + Cidade / DDD Out, Matosinhos, PT
22 e 23 abrilNeve - Paisagens, Máquinas e Animais, de Né Barros | Festival DDD, Porto, PT
9 abrilNeve - Paisagens, Máquinas e Animais, de Né Barros (estreia) | Convento de São Francisco, Coimbra, PT
7 marçoPontas Soltas, de Jonas&Lander | Festival da Canção RTP, PT
18 fevereiroConcerto nº 1 para Laura, de Sílvia Real | Teatro-Cine de Torres Vedras, PT
2 a 6 fevereiroConcerto nº 1 para Laura, de Sílvia Real | São Luiz Teatro Municipal, Lisboa, PT