A HISTÓRIA DO SOLDADO | Né Barros e Ensemble Sociedade de Actores | 2021
© José Caldeira

A peça A História do Soldado resulta da colaboração do compositor Igor Stravinsky com o escritor suíço C. F. Ramuz durante o período da Primeira Grande Guerra, em 1918. A história é contada por três atores, um grupo de bailarinos e uma banda de sete músicos. Musicalmente, A  História do Soldado  ocupa um lugar importante na produção de Stravinsky, e na história da música do século XX em geral.
Um soldado de regresso à terra em licença de quinze dias, pára para descansar e toca o seu pequeno violino. É interrompido pelo Diabo, disfarçado de velho, que o convence a dar-lhe o violino em troca de um livro mágico que prevê o futuro. O Diabo convida o soldado a ir para casa com ele por três dias para o ensinar a tocar. Quando o soldado finalmente chega à sua aldeia, encontra a namorada casada com outro e toda a gente que o vê, até mesmo a sua mãe, pensa que ele é um fantasma. Percebe que tinha sido enganado – “não foram três dias, foram três anos” – e fica desesperado. Nem mesmo a vasta fortuna que acumulara o consegue animar. Quando o Diabo, desta vez disfarçado de velha, lhe oferece o violino de volta, ele não consegue extrair qualquer som do instrumento. Desgostoso, deita-o fora, rasga o livro e resolve partir. Até que chega a outro país, onde vive um Rei, que tem uma filha presa numa estranha melancolia. O Rei decretara que qualquer homem que a conseguisse curar poderia tomar a sua mão em casamento. O soldado decide tentar a sua sorte, e dirige-se audaciosamente para o palácio. Aí encontra um concorrente: o Diabo, disfarçado de violinista virtuoso. Mas consegue vencê-lo num jogo de carta e perdendo, propositadamente, toda a sua fortuna ganha de forma desonesta. Então descobre que consegue tocar novamente o violino e, melhor ainda, o som da sua música reanima a Princesa. O Diabo, finalmente na sua figura, tenta intervir, mas é forçado a dançar ao som do violino até cair exausto. O Soldado e a Princesa estão alegremente unidos, mas o Diabo jura vingança.
Direção e coreografia | Né Barros
Maestro | Jan Wierzba
Tradução | Leena Marques
Interpretação | Jorge Pinto
Bailarinos | Beatriz Valentim, João Oliveira, Afonso Cunha, Guilherme Vieira
Músicos | André Gaio Pereira (violino), Francisca Sá Machado (contrabaixo), Frederic Cardoso (clarinete), Cândida Nunes (fagote), Telmo Barbosa (trompete), Tiago Nunes (trombone), Pedro Góis (percussão)
Desenho de luz | José Álvaro Correia
Desenho de som | Ricardo Pinto
Cenografia e figurinos | Flávio Rodrigues
Pianista correpetidor | Bernardo Soares
Assistente | Pedro Alves
Apoios | Balleteatro (apoio à residência artística), Drumming Grupo de Percussão, A Turma
Coprodução | Ensemble - Sociedade de Actores, Teatro Municipal do Porto