MAMA | Mafalda Deville / Palcos Instáveis | 2022
fotos de Sara Santervás
Em cena, uma personagem para duas intérpretes que vão invocando memórias, medos e inseguranças, em diálogo surdo entre si. O interior e o exterior, a queda e o salto, o privado e o público, tudo embrulhado em canções de embalar. Em cena dois corpos que não se cansam de tentar. Dois corpos que sabem que por vezes é preciso reaprender a viver, e até reaprender a respirar.
“Nesta residência iniciei uma investigação sobre os conflitos emocionais e sociais da maternidade juvenil. Tive, como ponto de partida, o meu caso e fui ao encontro de jovens mulheres que se encontram a gerir a situação de estarem grávidas ou de terem sido mães recentemente. Em comum, no processo de entrevistas iniciado, o estado fisiológico—pré ou pós parto—e uma precariedade emocional e social devastadora. Era minha intenção chamar para a criação deste trabalho intérpretes que tivessem sido mães e que assim pudessem também partilhar a sua experiência. Em colaboração com o Israel Pimenta, partimos despidos de estruturas rígidas, conceptuais ou formais, privilegiando uma abertura franca aos pedaços de vida que nos fossem expostos. Optamos por trabalhar só com a Elisabeth Lambeck, num processo cúmplice, de quem sabe que só com pinças se pode mexer no que é tão frágil. Nesta fase, aqui apresentada, acabamos por explorar o intervalo temporal entre a descoberta do estar grávida e o nascimento do filho. Longos meses de profunda transformação física revoltos num turbilhão de acontecimentos e emoções. Da primeira vez que viemos à tona do mergulho das entrevistas, decidimos trabalhar com materiais precários e instáveis, frágeis e voláteis, tanto na cenografia como na pesquisa coreográfica.” (Mafalda Deville)
“Nesta residência iniciei uma investigação sobre os conflitos emocionais e sociais da maternidade juvenil. Tive, como ponto de partida, o meu caso e fui ao encontro de jovens mulheres que se encontram a gerir a situação de estarem grávidas ou de terem sido mães recentemente. Em comum, no processo de entrevistas iniciado, o estado fisiológico—pré ou pós parto—e uma precariedade emocional e social devastadora. Era minha intenção chamar para a criação deste trabalho intérpretes que tivessem sido mães e que assim pudessem também partilhar a sua experiência. Em colaboração com o Israel Pimenta, partimos despidos de estruturas rígidas, conceptuais ou formais, privilegiando uma abertura franca aos pedaços de vida que nos fossem expostos. Optamos por trabalhar só com a Elisabeth Lambeck, num processo cúmplice, de quem sabe que só com pinças se pode mexer no que é tão frágil. Nesta fase, aqui apresentada, acabamos por explorar o intervalo temporal entre a descoberta do estar grávida e o nascimento do filho. Longos meses de profunda transformação física revoltos num turbilhão de acontecimentos e emoções. Da primeira vez que viemos à tona do mergulho das entrevistas, decidimos trabalhar com materiais precários e instáveis, frágeis e voláteis, tanto na cenografia como na pesquisa coreográfica.” (Mafalda Deville)
Direção e coreografia | Mafalda Deville
Cenografia e Dramaturgia | Israel Pimenta
Desenho de Luz | Diogo Barbedo
Interpretação e criação (estreia) | Elisabeth Lambeck e Mafalda Deville
Interpretação e criação (digressão) | Beatriz Valentim e Mafalda Deville
Música | Ravel, Chopin, Louis Spohr, Claude Debussy, PJ Harvey, Johnny Greenwood
Figurinos | Mafalda Deville
Agradecimentos especiais | Instituição Irmãs do Bom Pastor, Eduardo Leitão, Joana Neves
Cenografia e Dramaturgia | Israel Pimenta
Desenho de Luz | Diogo Barbedo
Interpretação e criação (estreia) | Elisabeth Lambeck e Mafalda Deville
Interpretação e criação (digressão) | Beatriz Valentim e Mafalda Deville
Música | Ravel, Chopin, Louis Spohr, Claude Debussy, PJ Harvey, Johnny Greenwood
Figurinos | Mafalda Deville
Agradecimentos especiais | Instituição Irmãs do Bom Pastor, Eduardo Leitão, Joana Neves